Nascida no dia 11 de abril de 1912 em Corumbá/MS, aos 34 anos Graziela Maciel Barroso ignorou as convenções de gêneros impostas na época e concorreu a uma vaga de concurso público para o cargo de naturalista no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A corumbaense foi a primeira mulher aprovada nesta instituição.
A botânica atuou na área da Sistemática Vegetal, exercendo atividades principalmente na linha da Taxonomia, ciência que classifica e organiza as espécies, estudando as suas diferenças e semelhanças. Nos primeiros anos de sua carreira, Graziela identificou oito novos gêneros e 84 espécies da família da Compositae.
A cientista ainda atuou na área de Morfologia. Ao aceitar integrar o quadro de professores que fundou departamentos e institutos da Universidade de Brasília, Graziela deixou o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Durante a ditadura militar, a corumbaense lutou em defesa da liberdade, protegeu alunos de prisões e protestou contra demissões de professores.
Além de Graziela, os Correios também estão homenageando a primeira engenheira negra do Brasil, Enedina Alves Marques, a bióloga Bertha Lutz, Carolina Bori, psicóloga que introduziu a Análise Experimental do Comportamento no Brasil, a física Marcia Barbosa, a médica Maria Deane e a fisíca Sonia Guimarães.
Comments